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quarta-feira, abril 25, 2007

Oitavos de final

Quis o destino que nos calhasse na rifa, para os oitavos de final da Liga dos Campeões, o Chelsea, do nosso amigo José Mourinho. Sabendo de antemão que não seria uma eliminatória fácil de passar, o importante era, acima de tudo, e falando da parte que a nós, adeptos, diz respeito, estar presente, apoiar e mostrar que o futebol pode ser muito mais que 90 minutos dentro das quatro linhas. E claro, esperar que a equipa, em campo, se empenhe verdadeiramente, jogue bem, mostre raça e vontade de ganhar.
O dia começou bem, com o sol a brilhar e muita vontade de preparar algo para a noite europeia no dragão. Como já vem sendo habitual, o GMU estava incumbido de preparar a coreografia. Mais uma vez, esta não primou pela originalidade, uma vez que consistia em distribuir as usuais cartolinas por todo o estádio, mas o facto de se preparar algo já é de muito valor. Desta vez, o objectivo era formar o número 12 e a palavra “dragões” para, depois, em conjunto com uma frase, dar o resultado final de “Esta noite seremos: 12 dragões”.
Os GMU’s empenharam-se, como sempre, na rápida execução das suas tarefas e, na hora de almoço, a maior parte do trabalho já estava feito. Foi então momento de repor energias e de “dar ao garfo”, entre as normais histórias e aventuras passadas e presentes, que rodeiam sempre as nossas conversas!
Durante a tarde foi altura de acabar o que faltava, e só não ficou tudo pronto mais cedo devido à falta de cartolinas, coisa que, também, já vem sendo habitual...
Acabado o trabalho, começava a contagem decrescente para o início do jogo e começava, também, o nervoso miudinho a dar sinais de si... Para ajudar a passar o tempo, fizemos um piquenique em pleno Dolce Vita, sempre bastante animado!
Perto da hora do jogo, fomos entrando e ocupando os nossos lugares, ouvindo as constituições da equipa e fazendo os últimos prognósticos.
A coreografia resultou razoavelmente. Ainda há muito quem não levante as cartolinas, nas bancadas ditas dos adeptos normais, e ainda há muita falta de mentalidade no sector ultra, muita mesmo, mas, no geral, ficou bonito e a mensagem perceptível. E nós tivemos a sensação de dever cumprido! No entanto, o apoio não se resumia à coreografia e era necessário incentivar a equipa durante os 90 minutos. E, nos momentos iniciais, este incentivo não faltou. O estádio todo uniu-se, numa só voz, para gritar PORTO!!!


O jogo começou bem, com rapidez, boas jogadas, boas trocas de bola e dois golos, um pra cada lado. Marcou primeiro o Porto, por intermédio de Raul Meireles, criando uma lógica e saborosa euforia entre nós, mas que não durou mais de 5 minutos, altura em que o Chelsea empatou, com um golo de Shevchenko.
Até ao final da primeira parte o jogo manteve-se interessante, disputado, e com jogadas mágicas. Um remate de Ricardo Quaresma (que ia resultando em golo) teria sido, sem dúvida, o golo do ano!
A nível de apoio, os 45 minutos iniciais foram bastante bons. Não foi um apoio sempre contínuo, teve um ou outro momento de silêncio, mas, no geral, foi positivo.
Com a segunda parte veio um jogo mais parado, mais defensivo, com o Chelsea a tentar manter a igualdade e o Porto, apenas timidamente, a tentar vencer o encontro. No entanto, nos últimos 10 minutos, ainda surgiram boas jogadas ofensivas que se poderiam ter traduzido em golos, mas quis a sina que o resultado final ficasse 0-0 e a decisão fosse adiada para Stamford Bridge.
Talvez por ser um jogo de nervos, o apoio nesta segunda parte não
foi muito bom. A ansiedade era muita e as gargantas nem sempre correspondiam... É uma pena que assim seja, pois sabemos o quão fundamental é, para os jogadores, sentirem o apoio dos seus adeptos. Apoio que, em Londres, não vai ser, pelo menos, tão numeroso...
A noite terminou, como sempre, num restaurante da cidade, já com o grupo menos numeroso a fazer os últimos rescaldos, as últimas análises e as últimas apreciações dum dia intenso em trabalho e em emoções!